Quero ser astrônoma(o) (FAQ)




Abaixo estão algumas perguntas frequentes (FAQ) sobre a astronomia e a carreira de astrônom@.

Afinal... Por que estudar astronomia?

A astronomia é a ciência que permite ao homem tentar responder a questões que ele se pergunta desde sempre: de onde viemos? Para onde vamos? Estamos sós no universo?

Procuramos, com meios científicos, responder a tais questões e compreender como funciona o universo, as galáxias que o povoam, as estrelas, os planetas. Saber se existem outros planetas no universo e se eles se parecem com o nosso. E, dentro de algum tempo, saber se eles são habitados por seres vivos, talvez feitos de células como nós.

Mas na prática, hoje em dia pra que serve a astronomia? 

Nosso objetivo é utilizar o Universo como laboratório, deduzindo de sua observação as leis físicas que poderão ser utilizadas em coisas muito práticas, desde prever as marés e estudar a queda de asteróides sobre nossas cabeças, até como construir reatores nucleares, analisar o aquecimento da atmosfera por efeito estufa causado pela poluição, necessários para a sobrevivência e desenvolvimento da raça humana.


Uma outra resposta muito interessante encontra-se na página do Observatório Nacional: Pra que serve a astronomia? 

Qual o panorama da astronomia brasileira? 

A pesquisa brasileira em astronomia, desde o estudo de planetas e satélites do Sistema Solar, até o estudo do Universo em grande escala, passando por meio interestelar, estrelas, aglomerados de estrelas, galáxias e aglomerados de galáxias, tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da astronomia e astrofísica internacional. 

Uma das razões deste desenvolvimento é que, além de utilizar o telescópio do Laboratório Nacional de Astrofísica, os astrônomos brasileiros têm apresentado projetos aos grandes telescópios internacionais, e como estes projetos são julgados pelo mérito científico, e não pelo país de origem do projeto, têm conseguido utilizar grandes telescópios em diversos países, principalmente os telescópios americanos e europeus instalados no Chile, e mesmo os telescópios instalados em satélites em órbita da Terra, como o Telescópio Espacial Hubble. A partir de 2004 contamos com o telescópio de 4.2m de diâmetro SOAR (SOuthern Astrophysical Research) no Chile, com 33% de participação brasileira. 

Em 2010, o governo federal iniciou a negociação para a entrada do Brasil no ESO (European Southern Observatory). Com a entrada no ESO, a comunidade astronômica brasileira participará do maior consórcio astronômico da atualidade, com direito a acessar os maiores telescópios óticos e radiotelescópios em operação e construção, assim como a sua avançada instrumentação. Em particular, a possibilidade de acesso ao ALMA e ao APEX terá, de forma imediata, um grande impacto na comunidade de radioastronomia brasileira, que não possui até agora instrumentos competitivos.

O ingresso do país no ESO ampliará a inserção da comunidade astronômica brasileira na comunidade internacional, propiciando, naturalmente, maior convívio e colaboração com astrônomos europeus, fortalecendo a nossa competitividade e estimulando tanto o seu crescimento quantitativo como a qualidade do trabalho científico desenvolvido.

Porém, esta adesão ainda gera polêmicas (inclusive entre os astrônomos brasileiros) sobre a real relação de custo e benefícios para a astronomia nacional. Uma maior explanação pode ser lida aqui.

Fontes:


Moro no Brasil, onde posso estudar para me formar um astrônomo? 

No Brasil, a grande maioria dos pesquisadores em astronomia e astrofísica fizeram um bacharelado em física e depois a pós-graduação (que são mestrado e doutorado) em alguma área da astronomia. Os que cursam diretamente a graduação em astronomia, também precisam fazer mestrado e doutorado, assim como os físicos.

Resumindo, não há necessidade de cursar astronomia na graduação para se tornar um astrônomo profissional. Cursando um bacharelado em física (ou mesmo licenciatura, há casos) é possível ingressar na pós-graduação em astronomia, na área que mais houver afinidade.

Houvendo a vontade e a oportunidade de se graduar em astronomia, as instituições que oferecem o curso superior no Brasil são:

★   Desde 1958 - UFRJ, Observatório do Valongo 

Tipo de curso: Bacharelado em astronomia com possível ênfase em astrofísica, computação, instrumentação, matemática ou divulgação científica.

Acesse:
Mais sobre o ingresso na UFRJ na seção astronomia@UFRJ

★   Desde 2009 - USP, Instituto de Astronomia e Geofísica

Tipo de curso: Bacharelado em astronomia.

Acesse:

★   Desde 2010 - UFRGS, Departamento de Astronomia 

Tipo de curso: Bacharelado em física com habilitação em astrofísica.

Acesse:

★   Desde 2011 - UFS, Instituto de Física

Tipo de curso: Bacharelado em física com habilitação em astronomia.

Acesse:
Nesse link aqui você encontra uma lista com todas as instituições que oferecem pós-graduação em áreas da astronomia no Brasil.

É importante realçar que um profissional de astronomia, se desejar trabalhar na área acadêmica, entra realmente no mercado de trabalho somente após obter o doutorado. Durante os últimos anos da graduação e durante a pós-graduação, a grande maioria dos estudantes recebe bolsa das agências financiadoras brasileiras.


Milky Way over Palomar photo by Wally Pacholka

Os itens 1 ao 30 (em rosa) foram respondidas pela Dra. Duilia de Mello, brasileira graduada em astronomia pela UFRJ, atualmente pesquisadora da NASA e professora universitária nos EUA.

A partir do item 31 (em azul) as perguntas foram respondidas por alguma outra pessoa com conhecimento de causa (créditos no fim da resposta). 


1 - O que é necessário para ser astrônomo(a)?

O astrônomo profissional deve fazer bacharelado em astronomia ou física (tanto faz), alguns também são matemáticos. A astronomia é uma carreira acadêmica e são poucas as opções para o profissional que não tiver pós-graduação, ou seja, mestrado e doutorado. Mas existem vários astrônomos que trabalham em planetários ou que são professores de física ou matemática, sem o grau de doutor.

2 - Quanto tempo demora?

MUITO! Bacharelado: 4-5 anos, pós-graduação: mestrado: 2-3 anos, doutorado: 4-5 anos. Desde o ingresso no vestibular deve demorar uns 10 anos para se tornar doutor em astronomia. Mas a boa notícia é que já começamos a ganhar bolsa de estudos ainda no bacharelado (bolsa de iniciação científica). Nenhum estudante que eu conheça faz ou fez pós-graduação sem bolsa de estudos. A bolsa não é alta mas dá para viver. Tudo isto é válido para estudar no exterior também. Alguns países não exigem o título de mestrado antes de cursar o doutorado. Mas no Brasil é regra geral fazer mestrado. Existem alguns casos de alunos de doutorado sem título de mestrado, mas são casos especiais.

(mais informações sobre bolsas e salários no item 31)

3 - O que tenho que fazer para ser um astronauta?

Para ser astronauta na NASA precisa ser cidadão americano, muitos são pilotos da força aérea americana, são formados em alguma área tecnológica, e possuem doutorado (PhD) em alguma área tecnológica também. Todos têm ótimo preparo físico e foram alunos exemplares. Para ser astronauta da ESA precisa pertencer a algum país europeu membro da ESA e possuir todas as outras qualificações também. O Brasil ainda é iniciante no assunto, então sugiro investir nos estudos, escolher alguma carreira na área tecnológica, fazer curso de piloto, estudar muito e torcer para o Brasil investir mais
na aeronáutica. O Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) pode ser uma boa opção para o curso de doutorado, assim como o ITA.

4 - O que é preciso para ser astronauta e ir para o espaço?

Ser astronauta não é impossível, basta ser teimoso e estudar muito porque a grande maioria tem doutorado em alguma área científica ou tecnológica além de curso de piloto e bom preparo físico. Os que estiverem mesmo interessados, sugiro fazer universidade fora do Brasil e tentar a cidadania européia, americana ou russa. A astronáutica brasileira infelizmente está no início há muitos anos, mas quem sabe agora não avança mais rapidamente depois da nossa ida à ISS?

5 - Além da NASA em qual outra agência eu posso trabalhar?

A Agência Espacial Européia, ESA, também é uma excelente opção, mas só trabalha lá europeus dos países membros da ESA. O Canadá também tem um bom programa espacial e, claro, a Rússia já faz isto há muito tempo. A China e o Japão também tem programas espaciais avançados. Mas o astrônomo trabalha em muitos outros lugares, a NASA seria mais adequado para quem está interessado em ciência espacial.

6 - É necessário ter cidadania americana para trabalhar na NASA?

Eu sou brasileira, não tenho cidadania americana e trabalho na Nasa, mas sou contratada por tempo limitado, não sou funcionária pública. Para ser funcionário público precisa ser cidadão americano. Já na ESA precisa ser europeu, mas tem alguns casos de não-europeus contratados também. O INPE é um ótimo instituto brasileiro e pode ser um bom caminho para entrar em projetos internacionais. Dentro destes projetos existe intercâmbio e oportunidades de se trabalhar no exterior.

7 -Quantos brasileiros hoje trabalham na NASA?

Já tentei contar quantos brasileiros somos, mas fica difícil. São muitos centros da NASA (10) e não tenho contato direto com todos os centros. Eu estimei uma vez uns 30, mas baseado no Goddard Space Flight Center (GSFC) que é o maior de todos. No GSFC eu conheço 5, mas sou a única pesquisadora, os outros são analistas de dados, de software, tem até um oceanógrafo. Sei que tem pelo menos 2 no JPL, uma engenheira e uma astrônoma que trabalha na área de planetas.

8 - É necessário ir para o exterior para estudar astronomia?

É possível ficar no Brasil SIM! O Brasil oferece todos os cursos necessários e os astrônomos podem trabalhar em universidades, institutos de pesquisas e planetários brasileiros. Mas é muito comum sair uma vez por ano para participar de congressos no exterior e visitar observatórios e outras instituições. O bom pesquisador é aberto a colaborações com outros pesquisadores tanto do Brasil quanto do exterior.

9 - Aonde posso estudar astronomia no Brasil?

Apenas a UFRJ e recentemente a USP oferecem o curso de bacharelado em astronomia no Brasil, mas quase todas as federais e estaduais oferecem o curso de física. Muito astrônomo se forma em física e se especializa em astronomia no mestrado e doutorado. A USP oferece também a especialização em astronomia dentro do curso de física. Muitos astrônomos são professores em departamentos/institutos de física. Por exemplo, UFRGS (Porto Alegre), UFSC (Florianópolis), UFSM (Santa Maria), UERJ, UFRN (Natal), UFMG (Belo Horizonte) e outras cidades menores como Londrina, Cuiabá, Feira de Santana, Itajubá, também possuem grupos de astrônomos atuantes. A USP/IAG concentra o maior número de astrônomos. Eu recomendo uma visita a um destes centros para os que não estão seguros da escolha.

10 - As universidades do exterior costumam dar bolsas de estudo para estudantes estrangeiros na área da astronomia?

Geralmente os estudantes de doutorado brasileiros saem do país por uns 2 anos para trabalhar em algum projeto de pesquisa. A bolsa pode ser brasileira ou estrangeira. Não é muito difícil de conseguir, precisa apenas ter um bom projeto e algum colaborador no exterior. É possível conseguir bolsa para fazer o doutorado integral no exterior também. Para concorrer a bolsas nos EUA basta mandar o currículo para as universidades, mandar cartas de recomendação e fazer as provas do GRE e TOEFL. O bom aluno e que fala bem inglês tem boas chances de conseguir bolsa americana.

11 - Os astrônomos trabalham ao ar livre?

Infelizmente a maior parte do trabalho é feito dentro da sala, em escritórios com computadores. Mas nada impede que o astrônomo curta atividades ao ar livre. A grande maioria dos astrônomos gosta de viajar, explorar e passear pelas montanhas.

12 - Quais os idiomas um astrônomo brasileiro precisa saber?

O astrônomo brasileiro precisa saber bem o português e o inglês. Outras línguas como o espanhol, o francês e o alemão podem ajudar durante as viagens, mas não são essenciais.

13 -Astrofísica é diferente de astronomia? Quais são as áreas de trabalho?

Astrofísica é uma área da astronomia e assim como a física quântica é uma área da física. O físico formado pode fazer doutorado (PhD) em astrofísica, física quântica, ou em outras áreas da física, como física de partículas, física do estados sólidos, etc. A maioria dos físicos com título de doutor em astrofísica, geralmente trabalha em alguma universidade aonde faz pesquisas e leciona.

14 - Em que áreas da astronomia trabalham os matemáticos?

Os matemáticos geralmente trabalham na área de Mecânica Celeste, cálculo de órbitas, etc. Muitos depois entram para a Embratel-Star One.

15 - É necessário um astrônomo gostar de cálculos ou matemática?

Eu recebo bastante mensagens de jovens que gostariam muito de fazer astronomia mas não gostam de cálculos e/ou física. Eu não vejo nada de errado nisto, pelo contrário, isso é o mais comum. Mas na vida temos que ser realistas, não adianta fazer astronomia se não tiver afinidade com a matemática e com a física. Se o único motivo que te leva a fazer astronomia é a beleza dos astros e a curiosidade, eu sugiro, que você se torne um astrônomo(a) amador. Os amadores são grandes conhecedores da astronomia e curtem a astronomia como hobbie. Hoje em dia com a internet, o acesso a informação é fácil e barato. Além disto, os preços de telescópios e binóculos estão cada vez mais baixos, o que facilita a vida do amador. Sugiro também cursos em planetários e museus, desta forma você pode se atualizar e conhecer a astronomia um pouquinho mais profundamente. A matemática é uma ferramenta fundamental para o astrônomo e não dá para escapar dela. O astrônomo profissional é um cientista e está sempre usando todas as ferramentas possíveis para responder os problemas que ainda não têm solução.

16 - Existe alguma aplicação da computação na astronomia?

A computação e a astronomia caminham lado a lado. Na NASA temos um número imenso de engenheiros de software e analistas e trabalhamos com eles no dia a dia.

17 - O que é astrobiologia? ou exobiologia?

A astrobiologia é uma área da astronomia que estuda o aparecimento da vida. É uma área da moda. Aos que estiverem interessados em começar astronomia agora ou no futuro, sugiro ficar de olho nos investimentos em astrobiologia e quem sabe se especializar nisto depois. A busca por planetas fora do sistema solar é prioridade nos investimentos de hoje.

O termo exobiologia quer dizer o mesmo que astrobiologia. Estuda a origem e a evolução da vida na Terra e no universo como um todo.

(mais sobre astrobiologia no item 34)


18 - É possível estudar astronomia a partir da geografia?

Geralmente o estudante de geografia tem acesso a alguns cursos de astronomia. Eu sugiro perguntar se são oferecidos alguns cursos de astronomia para quem não é da área de física. Sei que a USP e a UFRJ tem este tipo de curso. Acho importante que um geógrafo tenha conhecimentos de astronomia porque ajuda a entender as características terrestres.

19 - O que é arqueoastronomia?

Não sei muito a respeito. Sei que é uma área relativamente nova na astronomia e que estuda a astronomia das antigas civilizações.

20 - Formando-se em engenharia industrial mecânica ou outra engenharia, qual o caminho para trabalhar na NASA?

A NASA tem muitos ramos da engenharia. Eu vou passar um link sobre engenharia elétrica na NASA aonde trabalho, só como um exemplo: http://eed.gsfc.nasa.gov/projects.htm

A melhor forma de chegar até a NASA é através de um bom currículo e um contato dentro de algum projeto vigente. Sugiro estudar algum projeto a fundo e mandar e-mail, com o currículo, manifestando o interesse no projeto e demonstrando alguma experiência na área. A experiência pode ser adquirida no Brasil, mas tem que ser comprovada com carta(s) de recomendaçãode professores/chefes, publicações, etc.

Uma boa forma de conhecer o pessoal da NASA é através de participação em congressos aonde eles apresentam os projetos que estão trabalhando.

A astronomia precisa de engenheiros que desenvolvam os softwares e os equipamentos de última geração a serem utilizados. O melhor seria fazer uma pós-graduação ou uma especialização em algum projeto aplicado a astronomia. Por exemplo, a área de detectores tem bastante campo porque estamos sempre melhorando os detectores. Atualmente a moda é infra-vermelho, óptica adaptiva, detectores de ondas milimétricas. As universidades geralmente tem contato com os observatórios e grupos interessados em instrumentação. No Brasil, o INPE e o Laboratório Nacional de Astrofísica são bastante atuantes nesta área. A USP tem colaboração em vários projetos também como o telescópio SOAR e o Gemini

21 - É possível uma brasileira conseguir trabalhar na área de astronomia no Japão?

Eu sugiro estudar no Brasil e ir para o Japão fazer parte do doutorado ou pós-doutorado. A astronomia lá é bem avançada e eles são abertos a colaborações. Durante a pós-graduação no Brasil, o estudante pode tentar ir para o Japão trabalhar em algum projeto por 1 ou 2 anos e até observar no Havaí com o telescópio Subaru, que tal?

Tenho diversos amigos astrônomos japoneses e já estive lá. É muito legal, mas precisa falar pelo menos inglês.

22 - Quanto tempo de formação e como é o mercado de trabalho?

A graduação demora uns 4 a 5 anos, o mestrado 2 a 3 anos, e o doutorado 4 a 5 anos. Depois disto o doutor em astronomia tem que fazer concurso para as universidades (física ou astronomia), observatórios e planetários do país. Mas o mercado cresce se o profissional sair do Brasil e explorar outros países. Enquanto estiver esperando os concursos no Brasil existem também bolsas de estágios de pós-doutorado no Brasil e no exterior.

23 - Se formando na área de Ciências da Computação, tem como entrar na NASA? Em que área trabalharia lá? Que caminho indicaria até chegar lá?

A melhor forma de se ingressar na NASA é através de conhecimento com alguém que trabalhe em algum projeto em algum dos centros. Isto pode ser feito pela internet ou em viagens a conferencias aonde funcionários da NASA estão participando. Outra forma é se vincular a projetos brasileiros que tem alguma colaboração com cientistas da NASA. E ainda uma outra forma é através de universidades americanas próximas de centros da NASA. Por exemplo, quem estuda no Caltech, UCLA pode fazer algum projeto de pesquisa no Jet Propulsion Laboratory. Os estudantes da Johns Hopkins University e da PUC de Washington podem pesquisar no Goddard Space Flight Center e os estudanres da Universidade do Alabama podem pesquisar em Huntsville etc.

24 - Qual é o salário médio de um astrônomo(a)?

Em QUALQUER país do mundo, na NASA ou em qualquer observatório, o salário de um astrônomo é o equivalente ao salário de um professor universitário. Nenhum astrônomo passa fome e não existe o desemprego na astronomia. O que existe é uma migração dos astrônomos para outras áreas como ensino e computação.

(mais informações sobre salários no item 31)

25 - Como é a área de astroquímica?

A Astroquímica não é uma área muito bem definida, envolve tanto a astronomia quanto a química. Eu sugiro fazer astronomia ou física e depois se especializar em evolução química dos astros. Pode por exemplo estudar como as estrelas enriquecem o meio interestelar com elementos químicos, como as moléculas se formam, etc.

26 - Como são os locais de trabalho?

Existem muitos observatórios no mundo aonde os astrônomos podem trabalhar. Aqui vai uma lista que fiz com o yahoo de todos os observatórios no catálogo deles http://dir.yahoo.com/Science/Astronomy/Research/Observatories/

Mas o grande mercado de trabalho do astrônomo é o meio universitário. A grande maioria dos astrônomos são empregados por alguma universidade aonde são cientistas, professores e supervisores. O meio universitário é um dos mais propícios para o desenvolvimento da ciência.

27 - A NASA contrata engenheiros aeronáuticos? Ou só aeroespaciais?

A NASA contrata engenheiros de várias áreas, aeroespacial e astronáutica, mas também elétrica, eletrônica, sistemas, etc. Como sempre perguntam sobre isto, achei que seria interessante mostrar esta entrevista com uma engenheira aeroespacial da NASA http://meweb.larc.nasa.gov/meweb/Aerospace_Engineer_Interview.html (em inglês).

28 - O que é Jornalismo Científico?

Para os que não são muito amigos da matemática, mas que gostariam de seguir alguma carreira que fosse paralela a uma carreira científica, eu recomendo o Jornalismo Científico.
O jornalista científico escreve artigos para o público contando as últimas descobertas científicas e não precisa dominar a matemática. Mas claro que precisa ser bom no português e aconselho ser bom em inglês também.

29 - Aonde você, dra Duília de Mello, estudou?

Eu fiz graduação em astronomia na UFRJ, iniciação científica no Observatório Nacional no Rio de Janeiro, mestrado na Universidade do Alabama nos EUA, mestrado no INPE em S. J. dos Campos e doutorado na USP.

30 - Como você entrou na NASA?

Eu não sou cidadã americana e não posso trabalhar como servidora pública, então o meu trabalho na Nasa é através de projetos. Meu primeiro projeto na Nasa foi para trabalhar com o o Dr. Jon Gardner com imagens tirada com o Hubble. Eu mandei o meu currículo para o Dr. Gardner quando eu estava procurando emprego e ele me contratou. Mas depois do meu segundo ano na Nasa eu comecei a trabalhar nos meus próprios projetos. Todos eles são financiados pela Nasa e com isto pago o meu salário e financio a minha pesquisa. Sou também professora da Universidade Católica de Washington DC - a PUC americana.

Para saber mai sobre a trajetória da Dra. Duilia, leia o livro "Vivendo com as estrelas"





31 - Quais são os rendimentos que um astrônomo profissional recebe no Brasil (desde a graduação)? 
Atualizado em agosto de 2015, para uma carreira acadêmica.

》 Durante a graduação na UFRJ* - entre R$ R$400 e R$950
O caso de R$950,00: É permitido ao aluno acumular duas bolsas, uma bolsa de "trabalho" (Iniciação Científica ou Extensão, ambas R$400) + bolsa "manutenção" (Auxílio R$400 ou Moradia R$550) quando ele tem perfil sócio-econômico que lhe dá direito a esta última.

*Imagino que não seja muito diferente em outras universidades, mas é interessante buscar mais informações junto a fontes oficiais.

》Durante o mestrado - R$1.450,00 (média, dependendo da agência de fomento)
Abaixo encontram-se alguns valores de bolsas praticados no Brasil, clique nos links de cada agência de fomento para visualizar: Fapesp - Faperj - Fapemig - CNPq

》Durante o doutorado - R$2.200 (observação idem ao de mestrado)

》Durante um pós-doutorado - entre R$4.000 e R$6.000 (depende de qual instituição e agência de fomento à qual você se afiliou).

》Início de carreira acadêmica (pós concurso: "carteira assinada" no Brasil) - a partir de R$5.000. Também depende da instituição.

》Início de carreira em empresa privada (contrato com a empresa em "carteira assinada")

Conforme os anos passam, é possível melhorar o salário. Uma boa ideia é olhar no portal da transparência (http://www.portaldatransparencia.gov.br/) o nome de alguns astrônomos e de seus respectivos tempos de contratação. Abaixo alguns exemplos retirados de lá (salário líquido, já descontados os impostos).

Profissional A (contratado por sua instituição em 1987):
R$8.997,22

Profissional B (contratado por sua instituição em 1990)
R$6.960,94

Profissional C (contratado por sua instituição em 1990):
R$12.038,19

Profissional D (contratado por sua instituição em 1990):
R$11.164,52

Profissional E (contratado por sua instituição em 2004):
R$8.371,44

Profissional F (contratado por sua instituição em 2007):
R$7.169,34

Profissional G (contratado por sua instituição em 2008):
R$6.688,07

Profissional H (contratado por sua instituição em 2011):
R$6.351,70

O aumento de salário não se dá necessariamente pelo tempo de contratação, e sim pela ascensão vertical da carreira acadêmica, que é uma espécie de promoção que se ganha pela produção científica, orientações acadêmicas, trabalhos publicados, etc.

Quanto mais ativo academicamente o profissional, mais ele engrossa o seu currículo e ganha poder de pleitear junto a instituição a ascensão de categoria e os reajustes salariais. Como é possível perceber pelos salários acima, profissionais que entraram no mesmo ano possuem salários diferentes. Isso acontece porque eles estão em categorias diferentes. Nem todos fizeram/fazem a ascensão, pelos mais variados motivos - pessoais ou não.



32 - Em qual categoria os astrônomos profissionais brasileiros se enquadram já que a profissão de astrônomo ainda não foi regulamentada no Brasil? 

O astrônomo brasileiro é contratado, na grande maioria das vezes, por instituições públicas - Universidades e Observatórios - como professor de ensino superior (graduação e pós-graduação).

A pesquisa científica é feita paralelamente a atividade de ensino.

A Carreira de Magistério Superior é estruturada em cinco classes: (Vide Lei nº 12.772, 2012)

I - Professor Titular; [Grau mais alto e maior salário]

II - Professor Associado;

III - Professor Adjunto;

IV - Professor Assistente; e

V - Professor Auxiliar.

São requisitos mínimos para a progressão para a classe de Professor Associado, observado o disposto em regulamento: (Vide Lei nº 12.772, 2012)

I - estar há, no mínimo, dois anos no último nível da classe de Professor Adjunto;

II - possuir o título de Doutor ou Livre-Docente; e

III - ser aprovado em avaliação de desempenho acadêmico.

Ver mais aqui: http://www.planalto.gov.br/.../_Ato20.../2006/Lei/L11344.htm

Existe também o Professor Emérito, que se enquadra em outro contexto. Definido pelo Wikipédia como:
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Professor Emérito é um título conferido por uma entidade de ensino a seus professores já aposentados, que atingiram alto grau de projeção no exercício de sua atividade acadêmica. É concedido de forma rigorosa, àqueles profissionais que se destacaram em sua área de atuação, pela relevância e/ou magnitude de sua produção e atividade científica, desfrutando de grande reconhecimento pela comunidade acadêmica. Trata-se da maior honraria existente hoje no meio acadêmico.
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33 - Comparação entre a opinião de um vestibulando, um graduando e um profissional:

Trecho de uma reportagem tirada do site Universitário

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Confira, abaixo, as respostas de Fabio Vellozo Martins Secco (vestibulando), Bruno Moreira de Souza Dias (universitário da USP) e Francisco José Jablonski (profissional formado pela UFPR) a um questionário sobre expectativas quanto à Astronomia, remuneração, o melhor e o pior da profissão.


Escolha
  • Vestibulando - Por que escolheu a profissão?
Foi uma união de fatores, pessoalmente porque sempre tive um interesse muito grande em aprender. É o fato de me identificar com a natureza e gostar de Exatas também.
  • Graduando - Por que escolheu a profissão?
Desde o colégio eu já gostava de Exatas, participava de olimpíadas de Física, Matemática... Entrei na Física já para cursar Astronomia."
  • Profissional - Por que escolheu a profissão?
Não foi uma escolha com um critério objetivo. Foi coisa de infância. Cresci numa época em que o programa espacial estava a todo vapor. Vários colegas meus fizeram isso também, gostei da idéia e entrei nessa.

Expectativas
  • Vestibulando - O que espera do curso?
Espero que o curso me dê uma visão ampla sobre o que é a Astronomia e todas as ferramentas para buscar conhecimento e me aprofundar em pesquisas.
  • Graduando - O curso corresponde às suas expectativas?
Corresponde sim. É uma universidade e o contato direto com os professores é muito legal, tem muitas provas que incomodam, embora sejam necessárias, mas no geral o curso é ótimo.
  • Profissional - O curso correspondeu às suas expectativas?
Meu curso de Física foi muito bom, todas as partes essenciais como cálculo, mecânica quântica e tantas matérias de Exatas foram muito bem aplicadas.

Remuneração 
As respostas abaixo foram colhidas em 2007 e os números salariais estão desatualizados 
(veja item 31)
  • Vestibulando - Quanto espera ganhar depois de formado?
R$ 2.000 a R$ 2.500
  • Graduando - Quanto espera ganhar depois de formado?
Mais ou menos R$ 5.000.
  • Profissional - Quanto ganha?
Por volta de R$ 7.000.

O melhor
  • Vestibulando - O que acha que vai encontrar de melhor na profissão?
Identificação com meus interesses pessoais e trabalhar com o que gosto. Não vai ser algo para me sustentar, mas será minha vida, quero me aprofundar nesse conhecimento.
  • Graduando - O que acha que vai encontrar de melhor na profissão?
Você precisa gostar muito e não pensar apenas em ganhar dinheiro. É uma profissão que dá prazer, produz conhecimento científico e com o meu trabalho posso ajudar outras pessoas.
  • Profissional - O que acha de melhor na profissão?
Tem vários aspectos muito interessantes. Fazer pesquisas é um privilégio. Estudar e pesquisar temas inéditos é ainda melhor.
O pior
  • Vestibulando - O que você acha que vai encontrar de pior na profissão?
A dificuldade do país é que é uma área muito pequena, falta uma extensão no termo geral de difusão dessa ciência, não há interesse e a ciência não é tão divulgada.
  • Graduando - O que você acha que vai encontrar de pior na profissão?
Relacionamento humano com muito atrito, pessoas de locais diferentes dizem que existe isso na profissão.
  • Profissional - O que você acha de pior na profissão?
O que tem de ruim é a questão estrutural, a ciência e a educação no Brasil não estão no patamar que poderiam, os investimentos deveriam ser maiores. Difícil é dizer que isso seja uma prioridade num país que tem dificuldades em saneamento básico, educação e tudo mais.

Análise da Profissão no Brasil
  • Vestibulando - Que análise você faz da profissão no Brasil?
A área está em crescimento, não muito grande, mas está. Os profissionais do país são muito bons. Existe também a fuga dos profissionais para o exterior, que é muito grande. Empresas grandes de telecomunicações também contratam astrônomos.
  • Graduando - Que análise você faz da profissão no Brasil?
Está em crescimento. Existem projetos de telescópios em projeto, o país começa uma cara internacional e aos poucos ganha terreno.
  • Profissional - Que análise você faz da profissão no Brasil?
A astronomia no Brasil teve um desenvolvimento muito grande nas últimas décadas. Nos aos 70, o número de doutores na área eram formados no exterior e não passava de dez. Hoje temos mais de 300, e esse crescimento começou na década de 90. Além do mais, o Brasil exporta muitos astrônomos.

Dicas
  • Vestibulando - Que dica você daria a estudantes que estão em dúvida entre Astronomia e outras áreas?
Acho que elas deveriam conhecer realmente o que realmente um astrônomo faz, pois esse é o curso que mais tem desistências na UFRJ.
  • Graduando - Que dica você daria aos estudantes interessados em Astronomia?
Diria que primeiro tenham interesse em Matemática, Computação e Física, que são áreas essenciais no começo. Também buscar cursos de divulgação, como olimpíadas de Astronomia que me ajudaram muito. Não é só olhar estrela no céu, é muito além disso.
  • Profissional - Que dica você daria aos alunos interessados nessa profissão?
O mais importante é o aluno fazer uma aproximação ao departamento de Física ou de Astronomia por meio de um programa de iniciação científica. É a melhor maneira de observar como acontece tudo nessa área. Com isso, o estudante terá seminários, pode até participar da Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira e assim ter um contato próximo com a área.
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Reportagem completa aqui: http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=5574


34 - O que é astrobiologia e como trabalha um astrobiólogo? 

Respondida pelo Dr. Gustavo Frederico Porto de Mello (Observatório do Valongo, UFRJ)

A astrobiologia é aquela disciplina, ou conjunto de disciplinas cientificas, que se ocupa da ocorrência da vida FORA da Terra. Em algum momento do futuro ela vai se fundir com a Biologia e tudo vai ser uma coisa só, mas no momento atual de nosso (des)conhecimento, é razoável definir uma disciplina que se ocupe de responder se existe vida fora da Terra, como ela é, e onde poderemos encontra-la. No momento, as ferramentas dessa busca ainda são essencialmente as do astrônomo. Buscamos entender as condições que permitiram o surgimento da vida na Terra, que condições permitiram sua manutenção durante tantos bilhões de anos, e como essas condições poderiam se repetir.

Também gostaríamos de saber se condições substancialmente diferentes das terrestres permitiriam a existência de vida como conhecemos, e também me parece razoável perguntar se poderia existir vida como nos NÃO conhecemos. Todo esse caldo e’ regado com o método cientifico, de modo que queremos fazer perguntas respondíveis, testáveis, e reproduzíveis por outros pesquisadores, tentando obter algum tipo de verdade objetiva socialmente aceita. Antes que vocês perguntem, a única certeza que cerca esse tema no momento e’ que a vida existe aqui na Terra, surgiu de algum modo, e se manteve em condições razoáveis por aqui durante quatro bilhões de anos. Sabemos também que a água e’ um ingrediente fundamental para a vida, e ela não parece ser substituível. Já’ sabemos que existe água liquida em outros lugares do Sistema Solar, embora nem toda ela esteja liquida. Vou deixar a discussão avançar um pouco mais antes de abordar a questão do meteorito, se um cometa ou outro objeto possa ter “contrabandeado” a vida para a Terra: então, um pouco de calma.


Como tal, a astrobiologia usa a biologia, a astronomia, a física, a química, a geologia e outras ciências terrestres, além de disciplinas como antropologia, sociologia, psicologia etc, se introduzimos no nosso questionamento a possibilidade de vida consciente e inteligente. Não existe no momento um curso de graduação no assunto, mas existe opção de pós-graduação em disciplinas específicas, como biologia, astronomia, química etc. Eu mesmo ofereço orientação nesse sentido, junto com colegas de meu instituto, e de outros institutos também, de diversas áreas diferentes. Vemos então que o astrobiólogo é um cientista como outro qualquer. Mais adiante vou provar que a coisa não é apenas ficção cientifica e que progressos recentes espetaculares permitem remover uma boa parte do véu de 100% de especulação que cercou esse temas nas últimas décadas (ou séculos). Mas permanecemos uma ciência de certo modo “sem objeto”, na medida em que não somos capazes de definir O QUE É VIDA.

A vida e’ o fenômeno mais complexo de todo o Universo conhecido, de modo que me parece não muito condenável que depois de alguns séculos de ciência trabalhando duro, ainda estejamos engatinhando em tantos aspectos desse problema. O conceito de consciência e inteligência, por sua vez, e’ tão intratável que acredito ser melhor deixa-lo de lado, por fugir do escopo dessa nossa lista.


Eu pessoalmente considero que esses temas de origem, a origem da Vida, da Terra, do Universo, nos remetem muito profundamente a nossa condição de seres humanos e por isso despertem tamanho interesse --- e por isso são tão importantes de serem pesquisadas.



Eu, em meu trabalho pessoal como astrobiólogo, pesquiso a existência de estrelas semelhantes ao Sol, que poderiam abrigar sistemas planetários semelhantes ao nosso. Estou interessado não apenas em estrelas consideradas gêmeas do Sol, mas em estrelas meramente parecidas e que reúnam condições consideradas essenciais para a existência de um planeta como a Terra, ou seja, uma certa massa e brilho, uma certa composição química, idade, etc.



Entrevista do Dr. Wladimir Lyraem 19 de outubro de 2015, astrônomo formado no Observatório do Valongo, UFRJ. Ele fala brevemente sobre a profissão e sobre como está sendo trabalhar no JPL-NASA.



 Agradecimento ao canal do YouTube Ciência e Astronomia que cedeu gentilmente a permissão para postagem da entrevista nesta página.



Acesso à graduação em astronomia da UFRJ pelo SISU


Atualizado em janeiro de 2016


Se sua prioridade no vestibular for Astronomia na UFRJ, veja aqui alguns aspectos relevantes sobre o processo de seleção do SISU:


"O que escolher como segunda opção?"
Sugerimos o curso de Bacharelado em Ciências da Matemática e da Terra, o BCMT, como segunda opção. Ele serve de ponte para qualquer outro do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, o CCMN. As opções são Astronomia, Meteorologia, Geografia, Geologia, Matemática e Física. Assim, você começa no BCMT e a partir do segundo período já pode iniciar o processo de transferência para a Astronomia. Há ainda a possibilidade de se manter e se graduar no próprio BCMT.
Outra sugestão que damos para segunda opção é o curso de Física, pois é bastante parecido com Astronomia no início. A transferência é comum e não costuma ser muito trabalhosa. Se você acabar por preferir continuar na Física mas ainda se interessar por astronomia, uma eventual pós-graduação também é uma possibilidade bem sólida.

"Astronomia é minha primeira opção, mas acho que minha nota não será suficiente."
Não se desespere e só não esqueça de declarar interesse para a segunda chamada.
A nota de corte pra Astronomia na UFRJ é, de fato, alta (geralmente entre 700 e 800) na primeira chamada; isso é normal desde o ano em que esse sistema foi implantado, mas muda drasticamente (notas entre 500 e 600 também podem vir a ser suficientes à medida que as chamadas vão sendo feitas).
Isso acontece porque algumas pessoas que passam na primeira chamada às vezes nem aparecem para a matrícula, e outros se matriculam mas mudam de curso logo depois.
O mesmo vale para as chamadas seguintes. Se você não passar na segunda, espere a terceira e assim por diante, sempre lembrando de declarar interesse na vaga. É comum vermos 5 chamadas, às vezes até mais.

"Minha nota continua baixa, mesmo após outras chamadas."
Se mesmo assim você achar que sua nota não será suficiente, aconselhamos a passar a primeira opção para o BCMT, citado anteriormente, pelos mesmos motivos de apontá-lo como segunda opção. Além disso, tem mais vagas e pode ser menos concorrido.
O curso de Física, mais uma vez, também é uma boa opção. Assim como o BCMT, possui mais vagas, mas a concorrência não é muito diferente.
Quaisquer dúvidas, podem perguntar nos comentários ou inbox que responderemos assim que possível!
Esperamos que todos consigam entrar nos cursos de seus desejos e aguardamos nossos calouros!


Postagem escrita pelo meu amigo Eduardo Pereira e originalmente postada na nossa página do Facebook Astronomia UFRJ





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